O nosso próximo fanzine (que estará pronto já na próxima semana) é da poeta afro-alemã descendente do Gana: May Ayim.
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a cor do poder
não é a cor da pele
é a cor do poder
que decide
racismo é o rosto pálido
da violência
que se apresenta
de novo abertamente na alemanha
desde sempre
sem disfarce
na áfrica do sul
a cor do poder
com que imigrantes na áfrica do sul
se consideram africanos
e identificam os habitantes negros
como sendo bantus imigrados
é a mesma
com que imigrantes nos estados unidos
se apresentam como americanos
e descrevem os verdadeiros americanos
como «índios»
não é a cor da pele
é a cor do poder
que decide
a favor ou contra a vida
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MAY AYIM
Pseudónimo de Sylvia Opitz. Nasceu a 3 de Maio de 1960, em Hamburgo e suicidou-se a 9 de Agosto de 1996, em Berlim.
Figura ícone da comunidade afro-alemã, era poeta, pedagoga e activista do movimento negro alemão, com grande influência nos movimentos anticolonialistas e antiracistas.
Escreveu temas políticos e científicos sobre os preconceitos e o racismo sofridos pelos afro-alemães, estando em contacto permanente com grandes ativistas do movimento negro de vários continentes.
Os seus textos poéticos cortantes fazem parte da vanguarda do spoken word na Alemanha a partir dos anos 80.
Filha do estudante de medicina ganês Emmanuel Ayim e da alemã Ursula Andler, foi acolhida e criada por uma família alemã. Após uma viagem ao Gana, onde conheceu a família paterna, adoptou o pseudónimo May Ayim.
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«ser ou nãoser»
May Ayim
Edição: AfroFanzine, Maio 2015
Edição bilingue (alemão / português)
Tradução: Carla Fernandes e Raja Litwinoff
Paginação: Inês Ramos
Capas pintadas à mão com aplicação de tecido padrão Kente do Gana
70 exemplares numerados
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a cor do poder
não é a cor da pele
é a cor do poder
que decide
racismo é o rosto pálido
da violência
que se apresenta
de novo abertamente na alemanha
desde sempre
sem disfarce
na áfrica do sul
a cor do poder
com que imigrantes na áfrica do sul
se consideram africanos
e identificam os habitantes negros
como sendo bantus imigrados
é a mesma
com que imigrantes nos estados unidos
se apresentam como americanos
e descrevem os verdadeiros americanos
como «índios»
não é a cor da pele
é a cor do poder
que decide
a favor ou contra a vida
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MAY AYIM
Pseudónimo de Sylvia Opitz. Nasceu a 3 de Maio de 1960, em Hamburgo e suicidou-se a 9 de Agosto de 1996, em Berlim.
Figura ícone da comunidade afro-alemã, era poeta, pedagoga e activista do movimento negro alemão, com grande influência nos movimentos anticolonialistas e antiracistas.
Escreveu temas políticos e científicos sobre os preconceitos e o racismo sofridos pelos afro-alemães, estando em contacto permanente com grandes ativistas do movimento negro de vários continentes.
Os seus textos poéticos cortantes fazem parte da vanguarda do spoken word na Alemanha a partir dos anos 80.
Filha do estudante de medicina ganês Emmanuel Ayim e da alemã Ursula Andler, foi acolhida e criada por uma família alemã. Após uma viagem ao Gana, onde conheceu a família paterna, adoptou o pseudónimo May Ayim.
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«ser ou nãoser»
May Ayim
Edição: AfroFanzine, Maio 2015
Edição bilingue (alemão / português)
Tradução: Carla Fernandes e Raja Litwinoff
Paginação: Inês Ramos
Capas pintadas à mão com aplicação de tecido padrão Kente do Gana
70 exemplares numerados
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