Thursday, April 30, 2015
Tuesday, April 28, 2015
Monday, April 27, 2015
Curiosidades sobre o fanzine da May Ayim
O fanzine da May Ayim terá, no acabamento, um tecido do Gana com padrão kente.
O kente é um tecido produzido pelas etnias Ashanti e Ewê no Gana.
Antigamente, este tecido só podia ser usado por reis. Ao longo dos tempos, o uso do kente tornou-se mais popular. No entanto, a sua importância tem-se mantido e ainda é muito estimado pelos Akans.
O material básico para a sua produção é o algodão do norte do Gana ou a seda. Como não havia a criação do bicho-da-seda no Gana, os ashantis importavam, desde o século XVII, tecidos de seda, desfaziam-nos e produziam os tecidos kente.
É o mais conhecido de todos os produtos têxteis africanos. Kente vem da palavra Kenten, o que significa cesta em Akan, dialecto Asante.
Mais informações aqui.O kente é um tecido produzido pelas etnias Ashanti e Ewê no Gana.
Antigamente, este tecido só podia ser usado por reis. Ao longo dos tempos, o uso do kente tornou-se mais popular. No entanto, a sua importância tem-se mantido e ainda é muito estimado pelos Akans.
O material básico para a sua produção é o algodão do norte do Gana ou a seda. Como não havia a criação do bicho-da-seda no Gana, os ashantis importavam, desde o século XVII, tecidos de seda, desfaziam-nos e produziam os tecidos kente.
É o mais conhecido de todos os produtos têxteis africanos. Kente vem da palavra Kenten, o que significa cesta em Akan, dialecto Asante.
(homem fabricando o kente)
Friday, April 24, 2015
«ser ou nãoser» May Ayim
O nosso próximo fanzine (que estará pronto já na próxima semana) é da poeta afro-alemã descendente do Gana: May Ayim.
----------
a cor do poder
não é a cor da pele
é a cor do poder
que decide
racismo é o rosto pálido
da violência
que se apresenta
de novo abertamente na alemanha
desde sempre
sem disfarce
na áfrica do sul
a cor do poder
com que imigrantes na áfrica do sul
se consideram africanos
e identificam os habitantes negros
como sendo bantus imigrados
é a mesma
com que imigrantes nos estados unidos
se apresentam como americanos
e descrevem os verdadeiros americanos
como «índios»
não é a cor da pele
é a cor do poder
que decide
a favor ou contra a vida
-----------
MAY AYIM
Pseudónimo de Sylvia Opitz. Nasceu a 3 de Maio de 1960, em Hamburgo e suicidou-se a 9 de Agosto de 1996, em Berlim.
Figura ícone da comunidade afro-alemã, era poeta, pedagoga e activista do movimento negro alemão, com grande influência nos movimentos anticolonialistas e antiracistas.
Escreveu temas políticos e científicos sobre os preconceitos e o racismo sofridos pelos afro-alemães, estando em contacto permanente com grandes ativistas do movimento negro de vários continentes.
Os seus textos poéticos cortantes fazem parte da vanguarda do spoken word na Alemanha a partir dos anos 80.
Filha do estudante de medicina ganês Emmanuel Ayim e da alemã Ursula Andler, foi acolhida e criada por uma família alemã. Após uma viagem ao Gana, onde conheceu a família paterna, adoptou o pseudónimo May Ayim.
-----------
«ser ou nãoser»
May Ayim
Edição: AfroFanzine, Maio 2015
Edição bilingue (alemão / português)
Tradução: Carla Fernandes e Raja Litwinoff
Paginação: Inês Ramos
Capas pintadas à mão com aplicação de tecido padrão Kente do Gana
70 exemplares numerados
----------
a cor do poder
não é a cor da pele
é a cor do poder
que decide
racismo é o rosto pálido
da violência
que se apresenta
de novo abertamente na alemanha
desde sempre
sem disfarce
na áfrica do sul
a cor do poder
com que imigrantes na áfrica do sul
se consideram africanos
e identificam os habitantes negros
como sendo bantus imigrados
é a mesma
com que imigrantes nos estados unidos
se apresentam como americanos
e descrevem os verdadeiros americanos
como «índios»
não é a cor da pele
é a cor do poder
que decide
a favor ou contra a vida
-----------
MAY AYIM
Pseudónimo de Sylvia Opitz. Nasceu a 3 de Maio de 1960, em Hamburgo e suicidou-se a 9 de Agosto de 1996, em Berlim.
Figura ícone da comunidade afro-alemã, era poeta, pedagoga e activista do movimento negro alemão, com grande influência nos movimentos anticolonialistas e antiracistas.
Escreveu temas políticos e científicos sobre os preconceitos e o racismo sofridos pelos afro-alemães, estando em contacto permanente com grandes ativistas do movimento negro de vários continentes.
Os seus textos poéticos cortantes fazem parte da vanguarda do spoken word na Alemanha a partir dos anos 80.
Filha do estudante de medicina ganês Emmanuel Ayim e da alemã Ursula Andler, foi acolhida e criada por uma família alemã. Após uma viagem ao Gana, onde conheceu a família paterna, adoptou o pseudónimo May Ayim.
-----------
«ser ou nãoser»
May Ayim
Edição: AfroFanzine, Maio 2015
Edição bilingue (alemão / português)
Tradução: Carla Fernandes e Raja Litwinoff
Paginação: Inês Ramos
Capas pintadas à mão com aplicação de tecido padrão Kente do Gana
70 exemplares numerados
Sunday, April 19, 2015
Wednesday, April 8, 2015
Subscribe to:
Posts (Atom)